domingo, 21 de março de 2010

A.M.C.A funk envia nota à imprensa sobre o caso porto marina .

Alguns meios de comunicação generalizam querendo acabar com o movimento funk por causa de um fato isolado ; leia , interprete e comente :

From: giselllyn@hotmail.com
To: producao@tvtribuna.com
Subject: Defesa - AMCA Funk
Date: Fri, 19 Mar 2010 20:27:35 +0000



Santos, 19 de março de 2010.



À Redação da TV Tribuna,



Nós da A.M.C.A. Funk (Associação dos Mestres de Cerimônia e Amigos do Funk) estamos indignados com a imagem do funk que alguns órgãos competentes passam para o público.

Protestamos por todo o meio de comunicação que diretamente ou indiretamente relata o funk como pivô de alguns fatos não toleráveis perante a sociedade, em determinadas casas noturna do movimento funk.

Estamos dispostos a mostrar que o (funk verdadeiro) não incentiva ou influência a apologia ou pornografia no nosso movimento.

Temos o projeto Funk Relíquia, no qual resgatamos vários valores musicais dos anos 90, mostraremos e provaremos a todos que o nosso movimento é cultura. Por isso convocamos a maioria dos Mc´s que começaram na Baixada Santista nos anos 90; o Movimento Funk.
O nosso projeto terá visitas as carceragens, faculdades, centro de cidades, periferias, etc; para darmos palestra e reeducar crianças, adolescentes, jovens e adultos que acompanham esse movimento. Com isso incentivamos vários talentos da Baixada para que suas obras sejam referência de paz, amor, realidade e sentimentos em seus corações para o Funk bonito voltar a aparecer, porque o Funk atual não nos proporciona nada, são músicas sem conteúdo nenhum.
Nosso movimento foi criado nas periferias por jovens que queriam sua liberdade e expressão, para falar em forma de letra e melodia o que realmente acontece em nossas comunidades carentes. Movimento este, que começou no Rio de Janeiro e hoje se espalhou no país inteiro, é a beleza da música negra.

Já chega de discriminação com nosso movimento, por isso nós Mc´s que começamos lá a traz na Baixada Santista, não apoiamos nenhum tipo de obra musical que influencie a pornografia e o crime.
Existe sim o funk do bem, o funk bonito de se escutar no qual chegou a vários programas de televisão e rádios difusoras que percorrem ao país todo. Exemplos como Claudinho e Buchecha, Marcio e Goro, Andinho, Leozinho, Tim e Dedesso, Jorginho e Daniel, Andrezinho e Fredinho e muitos outros que não caberiam nessa página, enfim vários artistas do gênero que conseguiram mostrar pro mundo seus verdadeiros talentos.
Estamos lutando com todas as forças para mudar a cara horrível que se encontra o funk atual, mais uma vez eu relato, não começamos lá traz nosso movimento para chegar aonde chegou o funk hoje.
No dia 17 de abril, estaremos com um grande evento do movimento que se apresentarão vários Mc’s que começaram o Funk na Baixada e no Rio de Janeiro.

Estamos dispostos, ou melhor, aqui está o convite para todos os órgãos competentes no qual o Funk ainda é dúvida se é música de bandido ou movimento cultural.
Por favor estejam presentes nesse dia 17 de abril na Fênix Danceteria, no José Menino em Santos, queremos mostrar à todos que o nosso funk é cultura e não incentivo para fazer coisas erradas.


Muito obrigado e aguardamos um contato para discutirmos melhor o assunto. Protestaremos com a voz dos Mc’s (mestre de cerimônia) e de milhões de jovens e adultos que prestigiam nosso movimento cultural.

Funk é cultura e já virou lei pra quem não sabe.



Atenciosamente,


Leandro Fabiano Arantes Cardozo - (Mc Leandrinho)

Presidente da A.M.C.A. Funk


Fred Felisberto - (Mc Fredinho)

Vice – Presidente da A.M.C.A. Funk


Anderson de Jesus Santos - (Mc Dedesso)

Supervisor do Dept. Direitos Autorais da A.M.C.A. Funk

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